domingo, 3 de junho de 2007

Capítulo XXI


Desde a morte de Clara que César nunca mais tinha sido o mesmo.
Seu corpo movia-se a dor e sua alma tinha partido com Clara.
O tempo tinha sido curto demais para se fazer ouvir e aquele único beijo era guardado em sua memória embrulhado em papel precioso.
Suas surrealidades o magoavam e ele tentava matar as lembranças de Clara em si, evitando pronunciar o seu nome que lhe causava tanta dor mas não passava de uma utopia porque César não a conseguia esquecer, um grande amor não se esquece.
Tinha saudades do que nunca viveu e isso matava-o ainda mais porque sentia que Clara tinha precisado dele e não conseguiu fazer nada.
Sua angústia em saber a verdade era atenuada com a tristeza dos laços que foram cortados entre si, esperou sempre que Clara lhe devolvesse os laços e quando o fez era tarde demais para o poder usufruir, a felicidade que sempre pintara em sua imaginação, quadro esse que fora estragado pela escura morte.
Morreu o amor que o atormentava por não o poder apreciar.
Não o soube viver quando era possível, sua incapacidade de reacção o condenaram a uma vida de incertezas e desejos por realizar.
Ficou apenas o sonho que lhe rasgava o peito.
Ficou apenas um corpo vazio e a frustração de não poder fazer nada.
César estava determinado a encontrar quem tinha destruído o seu mundo, e no seu mundo ele e Clara eram felizes, no seu mundo amava Clara como nunca antes tinha amado alguém.

De porta-chaves e Moleskine no bolso do seu casaco sai e resolve investigar o apartamento de Clara.
Subindo as escadas de serviço para evitar ser visto César entra em casa de Clara onde ainda consegue sentir o seu cheiro, cheiro esse inexistente mas em sua memória podia cheirar Clara em qualquer parte, ainda estava entranhada em seu corpo e como ele ainda podia saborear o seu beijo!
Ao percorrer o apartamento seus olhos rapidamente ficaram molhados e em choro desolado desejava um pequeno toque ou apenas poder olhar para o seu sorriso que tanto amava mas apenas encontrou o duro silêncio de uma casa vazia e de paredes brancas pelo nada.
César encontra o quarto de Clara onde sorri quando olha para as fotos que encontra, como ela era tontinha quando fazia estas caretas para as fotos cheia de vida mas no entanto alguém muito só.
Vasculha gavetas e nada encontra o mesmo se passa com o resto das divisões frustrado deixa-se cair no sofá.
Bip Bip!
Seu telemóvel toca e seu coração pára.

-Será que…

“César… o que procuras está por baixo da mesa do escritório”

César assustado deixa cair o telemóvel seu coração acelarado com o seu cérebro inundado de perguntas faz com que não sinta a respiração durante segundos.

-Mas…mas como é que…

Medo era agora o novo morador naquela casa antes vazia de vida.
Apesar do nervosismo criado pela sms César resolveu procurar verdade na sms procurando o que poderia estar por baixo da secretária.
Passando a mão pela macia madeira eis que encontra um envelope misterioso.
César estupefacto fica a olhar para o envelope como se algo lhe prendesse os movimentos mas por fim desaparecido o medo dando lugar à curiosidade abre o envelope.

-Mas o que é isto?!???!!!

No envelope César encontrou fotos de Clara juntamente com um homem, pareciam felizes enamorados e juntamente a eles estava uma criança com traços muito parecidos a Clara.
As fotos pareciam de uma família feliz em férias.
César pára por uns minutos numa foto, Clara e homem estavam a beijar-se, César nem queria acreditar o homem era Diogo, o cunhado de Clara.

-Mas porquê?! Eles os dois!

César não queria acreditar no estava a ver até que o envelope lhe revela mais que umas simples fotos.
No envelope dezenas de cartas de Diogo para Clara amarrotadas chamavam a atenção de César mas não eram cartas de amor pelo contrário eram cartas de teor obsessivo, doentio, violento e de tom amargo.
César nervoso pega no Moleskine de Clara e folheia até que pára.
Na data em que Clara fora assassinada tinha um encontro marcado com Diogo...

-Quem será a miúda das fotos!!

Porque raio o Diogo tinha escrito aquelas cartas ameaçando Clara se ambos pareciam felizes nas fotos!!!!

E como Clara esteve com este gajo no dia de sua morte se esteve praticamente o dia todo comigo na rádio?!? Só se depois...

Sua cabeça não conseguia raciocinar mais nada até que a confusão da mente foi novamente perturbada por um barulho, mas desta vez não foi de seu telemóvel…mas sim da porta.
César não estava sozinho alguém entrara no apartamento de Clara naquele momento…

27 comentários:

Touro Zentado disse...

Aqui está um capítulo bem escrito! Tens alguns pormenores muitos bons! :)
A trama adensa-se e é levantada uma ponta do véu sobre o conteúdo da fotografia...

Quem será a miúda?
Quem envia mensagens a César?
Quem está a chegar a casa de Clara?
Heheheheh!

Corduroy disse...

Hehehe. Boa Maria... Quem é a miúda???!!!Parabéns pelo capitulo, pois está muito bem escrito e pensado.

Anônimo disse...

muito fraco... desiludiste-me maria e até te tenho em boa conta... este conto tá cada vez pior desculpem a sinceridade...

não sei quem é o administrador deste blog, mas quero dizer que deve ser um potencial ditador, visto que, não permite comentários que critiquem de forma negativa o conto... e pelo que me parece, também condiciona a escrita dos outros autores...

Nathalia disse...

Muito bem, Maria! :o)

Simãozinho, somos 11 ditadores!

astuto disse...

Mais um capítulo! Muito bem!

Agora parece que é a minha vez.

Temos uma miúda (filha de alguém...) e o César vai ser surpreendido no apartamento de Clara por alguém...

Quarta-feira à noite lanço o meu capítulo.

Cumprimentos!

Leonor Martins disse...

Bem, vamos lá...até me vai custar a frontalidade...mas espero que dela possam retirar algo de posítivo...

O estilo é muito diferente ao dos restantes contadores...a construção frasica e a má pontuação dificultam em muito a leitura - quase nem parecia português!

Qual o objectivo de 10 frases introdutórias que nada acrescentam?

Pessoalmente, não gostei do que li...mas é apenas a minha opinião e vale o que vale...

As perguntas feitas pelo Touro Zentado, são de facto as únicas que podem ser feitas...mas deste lado ficou em muito reduzida a curiosidade de obter essas respostas...

Maria, de vez em quando espreito o teu blog e sinceramente, neste capítulo, não revejo as tuas qualidades de escrita...

Luis Prata disse...

Maria, bem vinda de volta! Bom capítulo a adicionar mais alguma informação acerca de Clara.

Como vêm, Clara continua viva no conto e a surpreender!! :)

Leonor,

A tua opinião vale como todas as outras, ou seja, muito. O feedback mesmo quando é negativo deve ser dado, o que acontece é que nem toda a gente o sabe fazer da melhor forma.

Tu sabes fazê-lo o que nos faz pensar e tentar melhorar os aspectos menos bons.

Astuto,

Calma nisso e boa sorte, não tenhas pressa.

Maria Strüder disse...

E eu a pensar que era genial

Mocas disse...

De uma forma geral gostei do capítulo e principalmente dos desenvolvimentos e dos "teasers" que deixa.
Também concordo que a pontuação poderia ser melhorada de modo a facilitar a leitura (e isso é uma coisa que é facilmente ajustável no capítulo sem alterar o conteúdo.
É de facto uma forma de escrita um pouco diferente do que tem sido feito até agora mas precisamente a riqueza desta conto está nesta diversidade de formas de escrita que o compõe.
Maria, não desanimes e continuação do bom trabalho!

Anônimo disse...

realmente isto já foi melhor....


patricia **

Anônimo disse...

Não vou culpar o último escritor, mas já tive mais entusiasmo para ver este blog....parece que agora é só feito para os escritores e nao para o restante publico!!
façam uma coisa, revejam os vossos objectivos de blog e vejam se estao a segui-los!!

boas postagens!!


( M.)

Luis Prata disse...

Se isto já foi melhor, podem dar ideias para melhorarmos. Atenção que não obrigamos ninguém a vir aqui.

Para quem não sabe, isto não é um livro nem pouco mais ou menos. É um conto escrito por pessoas normais. Não somos escritores, nenhum de nós é. Se querem exigir qualidade, podem ir à FNAC que de certeza encontrarão bons livros de verdadeiros escritores que podem comprar.

Isto é um projecto, um teste de algo, uma diversão uma paixão. Não temos qualquer objectivo senão nos divertirmos com o que escrevemos e levar alguns leitores a fazer o mesmo, participar, comentar e dar ideias, sem os obrigar a tal.

Por isso são todos bem vindos a comentarem o que quiserem, agora não nos façam exigências nem nos falem em objectivos porque desde o início que não nos comprometemos a nada com ninguém.

Eduardo Ramos disse...

... e mai'nada!

Touro Zentado disse...

Olá a todos!
É engraçado que nos apontem "egoísmo" por fazermos o conto para nós... O objectivo principal do conto é esse mesmo: o nosso prazer de escrever. Ironicamente, nos últimos tempos temos tido muita mais preocupação em ir ao encontro do que achamos ser melhor para os leitores... Aparentementre não estamos a ser bem sucedidos.

Obrigado por todos os comentários (incluindo o teu Simãozinho - sempre dá pra ver que há mesmo de "tudo" a visitar o nosso blog) mas especialmente pelos comentários mais críticos. Esses são mais importantes do que os que não apontam defeitos e falhas porque nos ajudam a crescer!

Continuamos a contar com as vossas visitas e comentários!

Fiquem bem! :)

Jaleco disse...

Para bom entendedor meia palavra basta!! Bem dito pessoal!

Maria, o capítulo tá intrigante q.b.!!! E isso é o fundamental ;)

Cristina disse...

Acho que o capítulo está muito interessante, mas, em termos de português, deixa muito a desejar. A falta de determinantes e vírgulas prejudica a compreensão. Fica no ar mais uma vez um grande suspense devido às perguntas que se deixam implícitas. Parabéns pelo trabalho.

Todos sabemos que este nenhum dos autores é escritor, mas, Pratas, também não nos podes criticar por tentar ajudar. Que eu saiba, as críticas fazem a escrita de uma pessoa evoluir. Não queremos livros com escritores consagrados, queremos ver novos valores a crescer. Agora é importante que não se esqueça de que tem um público, não escrevem para cada um de vocês. Por isso, talvez seja melhor pensarem bem em cada capítulo que escrevem para não escreverem contradições, capítulos meio desconexos em português ou que não nos estimulem.

Mais uma vez, parabéns pelo trabalho. São XXI capítulos cheios de talento.

Luis Prata disse...

Cristina, acredita que eu não critiquei que tentou ajudar nem nunca o hei-de fazer... quem me conhece sabe que não sou assim.

Critico e criticarei sempre quem fala mal por falar numa tentativa de destruir. Talvez não saibam, mas ultimamente têm aparecido algumas pessoas que têm criado contas falsas para fazer comentários deste tipo, logo ficámos um pouco de pé atrás.

Saibam que temos bastante interacção antes da saída dos capítulos para evitar ao máximo os "bugs". Mas somos 10, com 10 vidas diferentes, e não é fácil. Em nome de todos os contadores, penso que nos podemos comprometer a ter um pouco mais de atenção antes do lançamento de novos capítulos.

A prova que nos preocupamos com os nosso leitores e a sua opinião está a ser preparada há algum tempo. Em breve será lançado um desafio.

Obrigado pelos comentários e voltem que contamos convosco.

Pratas

Maria Strüder disse...

Continuo a dizer que sou genial e quando estiver para morrer vou receber um nobel porque se o senhor Saramago que deixa muito a desejar a nível de pontuação e português correcto pode ter essa característica eu que sou genial posso ter isso e muito mais :p

Leonor Martins disse...

Acho que em momento algum foi posta em causa a genialidade da Maria.

Também acho que perante a crítica destrutiva a melhor atitude é "deixar os cães ladrarem porque a caravana passa".

Pessoalmente, considero que nunca aprendi com o elogio gratuito, pois não é estimulante,não promove a melhoria continua.

O Pratas resumiu bem "Não temos qualquer objectivo senão nos divertirmos com o que escrevemos e levar alguns leitores a fazer o mesmo, participar, comentar e dar ideias, sem os obrigar a tal", e eu acrescentaria, de uma forma lúdica, por em prática uma das formas mais avançadas de trabalho colaborativo...neste caso temos um conto...se fosse uma enciclopedia teriamos algo semelhante ao wikipedia.

Acompanho-vos quase desde o início...e claro que sendo algo que vos dá prazer (à partida o que deve acontecer aos autores de qualquer manifestação artistica), não podem esconder, nem repudiar, o sonho que partilham, que é o de verem este conto publicado - razão pela qual endereçaram alguns convites a figuras públicas e criaram uma área privada de monitorização do conto, e como é obvio isso é legítimo.

Todos estão de parabéns pela iniciativa, todos estão de parabéns por em conjunto terem levado à concretização...uma vontade, um desejo, um sonho...

Não me vou alongar mais...espero que se abra um novo capítulo no conto...em breve.

Anônimo disse...

querem ideias? e que tal deixarem os escritores escreverem os capítulos livremente? criaram um blog só para voces para os capítulos passarem na censura? a ideia deste blog é porreira, a maioria dos autores dele é que são uns hipócritas...

Maria Strüder disse...

Apagaram um comentário meu!???

Mocas disse...

Epá, isto ficou animado desde a última visita!
Eu acho que o conto tem sido muito bem conduzido desde o início e tem-se verificado uma evolução muito positiva quer ao nível do fio condutor da história, quer ao nível da preocupação com os leitores quer mesmo ao nível da qualidade de escrita.
Como leitora assídua, no início, também não fiquei contente com a tal história do blog privativo. Mas agora dou a mão à palmatória porque foi uma ideia muito boa e que demonstra precisamente uma preocupação com a qualidade geral do conto. Desde então tem havido uma maior coerência na história, pegaram nos fios soltos que tinham sido deixados ao longo dos capítulos, travaram a roda viva de introdução de personagens e de momentos de suspense/viragem...
Como é óbvio estas pessoas não são escritores profissionais mas só o facto de estarmos todos aqui a discutir ideias é já uma grande vitória e o objectivo de criar algo divertido e conquistar leitores está claramente atingido.
Parabéns e continuem o bom trabalho!

susemad disse...

Valeu bem a pena ter deixado este capítulo para depois do almoço. eheh Maria dou-te os meus parabéns! Isto é que foi colocar suspense!! Tantas questões à espera de uma resposta. :)
Na próxima espero voltar mais cedo.
Até breve e continuem com o óptimo trabalho.

Miguel Ferreira disse...

Sinceramente gostei muito do Capitulo. Independentemente da pontuação mais ou menos correcta prendeu-me, compreendi todo o texto, toda a mensagem e fez-me pensar, sentir, viajar até ao momento...
Não estarão aqui atributos suficientes para elogiar o trabalho da maria???
Claro que sim...
Parabens Maria!

O capitulo está muito bom... Deixa-me dizer-te que quando li que o César iria a casa a da Clara pensei "O criminoso volta sempre ao local do crime!" Quando terminas com alguém a chegar vais exactamente ao encontro do que senti e ao que gostaria de vir a sentir.

Mais uma vez Parabens...

heresias consentidas disse...

deskulpem:
...será k li ali atrás que "o senhor Saramago deixa muito a desejar a nível de pontuação e português correcto"?????????????????????????????????????????????????????????????

ok! pronto! jah posso morrer descansado: jah vi (ouvi! li!) de tudo nesta minha sobressaltada vidita...!

Maria Strüder disse...

Obrigado pelas críticas e pelos elogios =)

Anônimo disse...

quente e lindo a escaldar .

nao liguem a crtiticas destruitivas.

continuem estao todos de parabens.

m.o