Pedro ficou de olhos arregalados tentado ouvir o que se passava do outro lado. Nada!
Marta mencionou abrir a boca, mas deteve-se ao levantar do dedo indicador de Pedro como se colocado sobre os lábios dela. Ficou frio de repente como se uma porta tivesse sido aberta e lá fora fosse Inverno:
- Isto está mau! -Disse Pedro.
- Que foi?
- Pelo que percebi Bernardo foi apanhado.
Quase gritando - Hem? Como apanhado? Por quem?
- Pela máfia. Nem fugindo para Espanha se safou. O que terá acontecido?
- Há aqui qualquer coisa que não está bem!
- O quê? - neste momento, Pedro, pousa o telemóvel como se deixasse de ser importante e endireita-e no sofá. - Explica-te!
- Tudo isto é esquisito. Há aqui uma montanha de coisas que me cheiram mal.
- OK! Sou todo ouvidos.
Neste momento, Marta começa a andar pela sala olhando para o chão e a falar com o braços como se espantasse moscas:
- Primeiro! Fui eu que reservei o bilhetes de avião. Se Bernardo foi para Barcelona... terá comprado os bilhetes com o próprio dinheiro numa altura que não sei qual, pois não vi nenhum pagamento extra.
- Desculpa?
- Depois nunca dei por nada de história nenhuma de vícios de jogos ou outra treta que seja. O homem só tem dois vícios. A empresa e a pesca.
- ..errr... sim... - Pedro sorria.
- Ainda mais. Eu como de inteira confiança de Bernardo, tenho na minha posse todas as chaves do seu escritório. Até do cofre!... E nunca vi nada de suspeito. Em tantos anos, nunca suspeitei ou cheirou-me o quer que seja. As contas da empresa estão imaculadas. Uma empresa deste tipo é muito bem vigiada pelas finanças.
- ... pois...
- E porque me mostraram isto a mim? Qual é a minha mais valia? Quem sou eu nisto tudo? Bernardo quer denunciar a máfia ? E vem ter comigo um advogado torrado cheirando a maresia com uma história de dossier confidencial a quem tenho que dar um envelope... e mais não sei o quê?... Ná! Desculpa. Há aqui qualquer coisa que não está bem!
- De onde tiraste isso tudo, Marta? Sabes que envelope era o que me entregaste?
- Claro que não! Fiquei intrigada, mas não são contas do meu rosário.
- Estás-me a dizer que não acreditas em nada destas provas, e tudo o que te disse?
- Sinceramente... não sei! Mas sinto algo a dizer-me que não! Alguém se esqueceu de colocar o sal na panela!
- Sal? Panela? - Pedro levantou os sobrolhos, como se os olhos quisessem saltar.
- Esta história sabe-me mal. Não a engulo.
- Essa história do bilhetes... não percebi!
- Como já te tinha dito, sou da inteira confiança de Bernardo, e como tal tenho acesso aos códigos das contas on-line. Fui verificar. Até à data... não vi nada de extraordinário.
- Bem! As contas demoram a actualizar. - Pedro conteve um riso.
- NÃO!... Pára! Conta-me realmente o que se passa!
Pedro pega no telemóvel. Marca um número pré-estabelecido... Espera uns segundos...
- Estou!? Sim! É extraordinário, de facto. Mas não deu para ver muito. Achas mesmo que pode ajudar? É arriscado! - uma pausa – Achas? Devo avançar portanto? - outra pausa – riso – Tudo! Foi fácil! O peixe não picou! Mas já desconfiavas?... Sim está bem! Depois contas-me? OK!... Passamos então à fase dois? - suspiro – OK! Assim espero! Já lá vão 3! Abraço e cumprimentos ao Professor. Está bem! Serão entregues!
Marta vê Pedro guardando o telemóvel no bolso. Este olha para ela com admiração. Realmente já tinha conhecido muitas mulheres, mas esta tinha algo que o fascinava muito. A atitude. Aquele ar de amazona e ao mesmo tempo de menina.
Marta começa a falar como um se tratasse de uma andamento de uma obra de um mestre de musica clássica. Começando em piano e acabando em fortíssimo:
- Queres fazer o favor de me EXPLICAR O QUE ESTÁ ACONTECER?
- Tem calma! Bernardo manda cumprimentos!
- Hã?
- Tenho uma proposta para te fazer. Queres vir comigo a Lisboa?
- ... Devo estar doida! Lisboa? Proposta? MAS QUE PORRA...
- Tem calma moça! Olha as rugas!
- Olha lá, meu badameco. Se julgas que gozas comigo em pego nesta jarra e parto-te... - Marta pega numa jarra, aparentemente de cristal...
- HEY! Isso é caro! Tem calma! Eu explico. Anda vem comigo. Poisa lá isso antes que partas alguma coisa.
- Se tu... - nesse momento Marta sente o braço dela seguro por algo estranho. A jarra cai da mão... Pedro voa atirando-se para o chão a tempo de evitar o desastre. Senta-se e ordena:
- Pélé! Larga o braço da senhora!
- Grrrrrr!
- Péléééé!!!
Péle larga o braço de Marta. Fica sentado a olhar fixamente para ela como se à espera de mais um movimento em falso!
- Peço desculpa por Pélé!
- Está bem! Eu pedi as estribeiras! Posso ir lavar o braço ao WC?
- Sim! - rindo! - Pélé! Fica! Deixa a senhora ir à casa de banho sozinha! Ela não precisa que lhe segurem a mala!
- ... piada! Tem uma piada! Palhaços! - falando para o cão - E tu? Estás a olhar para onde? Lavaste os dentes, ao menos?
O pequeno Smart descapotável fazia as curvas com suavidade dirigindo-se a Lisboa!
- Pedro! Conta-me lá então...
- Bem, Marta! Bernardo efectivamente está em Dhaka. Foi ele que me contou as tuas estranhas capacidades.
- Capacidades?
- Sim! Tu és capaz de perceber quando alguém mente ou está a tentar enganar-te! Quando fazes as entrevistas para conceder o crédito tu tens uma capacidade estranha de perceber de como são as pessoas que estão do outro lado. Se são de confiança ou simplesmente ou burlões a tentar sacar dinheiro fácil com fachadas de empresas que mais tarde dão em falência.
- Sim! Talvez!
- Bernardo acha mais! Acha que tens mais do que isso! E este pequeno esquema demonstrou tal!
- Cada vez mais embaralhada!
- Já vais perceber. Tu facilmente percebeste que havia qualquer coisa errada! Qualquer coisa que não cheirava bem na história que te contamos. Não ficaste desnorteada. E pelo que me disse Bernardo... já se apercebeu disso noutras alturas.
- Noutras?
- Sim! Um dia, sem saberes porquê seguraste Bernardo quando iam a atravessar a passadeira quando o sinal estava verde. Nesse preciso instante passou um carro que não respeitou o sinal vermelho. Como sabias que vinha lá um carro?
- ...errr... lembro-me disso! Não sei! - Marta começou a sentir-se incomodada no assento do carro.
- Pois. Portanto... vou levar-te a um sítio onde estão a precisar MUITO de toda a ajuda possível. E pode ser que tu possas dar algum contributo.
- eu... eeeu?
- Sim! Tudo o que eu te disser a partir de agora fica para ti. Certo? Pela confiança que Bernardo tm em ti!
- ... isto está cada vez pior! Ok! Certo!
- Neste momento a Polícia Judiciária está a abraços com um Serial-Killer. E suspeita-se que já matou por 3 vezes.
- Fo... xiça! Serial-Killer? A sério? - Marta sentiu a cara ferver. - E aonde vamos?
- À Judite!
- Judite?
- Eles querem falar contigo.
- Comigo?
- Sim! Querem evitar a todo o custo que surja a 4 morte. Existe de facto um dossier que, se chegarmos a um consenso, vais passar a usa-lo como leitura de cabeceira. Mas primeiro temos que ter a certeza que os podes ajudar ou se não és somente mais uma moça espertalhona.
- Ajudar? Tipo vidente? Medium? Não andam a ver muitos filmes?
- Não! Isso existe de facto e dão grande ajuda a resolver casos destes.
Marta sentiu o coração a acelerar.
Sentiu algo estranho.
Sentiu que se aproximava algo que lhe metia medo mas a fascinava.
Sempre gostou do que fazia porque sabia que estava a ajudar os outros.
Sentia-se bem, mas queira mais! Ajudar ainda mais.
Nunca se tinha apercebido das “capacidades” que agora lhe indicavam que tinha! Que loucura! Ela! Percepção Extra Sensorial?
Realmente era e sempre foi muito intuitiva. Mas PES? Estava muito longe de pensar tal! E até nem acreditava muito nisso... até agora:
- Mas preciso de alguém que me guie nesta coisa, se é que tenho esta coisa.
- De facto. Mas tem calma. Está tudo pensado. O comissário é muito eficiente!
Marta levantou a cabeça para apanhar um pouco mais dar ar na cara. Queria ter a certeza que estava acordada.
Subiu o som do rádio.
Queen's of the Stone Age - No one knows.
Pareceu-lhe própria para o momento.
Pedro olha para ela e sorri:
- Vai correr tudo bem! Vais ver!
--//--
Clara, depois de mais um turno, estava sentada no bar da estação de rádio, a ler uma revista e a beber o seu, bem merecido, café.
- OLÁÁ!
Clara soltou um grito de sobressalto. O café entornou-se encharcando a revista.
- Bolas César! Apareces assim por cima da revista sem aviso. Quase morri de susto.
- Desculpa! - César tentar limpar a revista. Foi sem querer. Queria somente cumprimentar a minha querida colega.
- Que bruto. Esta revista nem é minha.
- Eu compro outra.
- Esquece! Eu compro. Vê lá se para a próxima tens mais cuidado.
- Posso ajudar-te?
- Não! Deixa! Eu trato disto.
- Desculpa!
Já a sair do bar – Pois! Está bem! Mas que estupidez! Só me saem duques!
César sentiu-se confuso. Não sabia se havia de ir atrás dela se ficar. Segurou a chávena entornada. Observou-a com lágrimas nos olhos.
Ela não compreendia!
Ela desprezava-o!
Como o podia desprezar? Ele fazia-lhe dedicatórias, coisa que aquela aventesma do marido de certeza não fazia.
A raiva foi-se instalando. Os nós dos dedos começaram a ficar brancos em volta da chávena de café. Ouviu-se um “crack” .
Estacou.
Olhou em volta. Pousou a chávena devagar. Esta, abriu-se em duas.
Disfarçadamente volta a pegar nela, envolve-a num guardanapo e ao sair do bar coloca-a dentro do caixote do lixo de modo que não fizesse barulho ao cair lá dentro.
Olha nos dois sentidos do corredor e decide ir pelo lado que Clara seguiu.
Marta mencionou abrir a boca, mas deteve-se ao levantar do dedo indicador de Pedro como se colocado sobre os lábios dela. Ficou frio de repente como se uma porta tivesse sido aberta e lá fora fosse Inverno:
- Isto está mau! -Disse Pedro.
- Que foi?
- Pelo que percebi Bernardo foi apanhado.
Quase gritando - Hem? Como apanhado? Por quem?
- Pela máfia. Nem fugindo para Espanha se safou. O que terá acontecido?
- Há aqui qualquer coisa que não está bem!
- O quê? - neste momento, Pedro, pousa o telemóvel como se deixasse de ser importante e endireita-e no sofá. - Explica-te!
- Tudo isto é esquisito. Há aqui uma montanha de coisas que me cheiram mal.
- OK! Sou todo ouvidos.
Neste momento, Marta começa a andar pela sala olhando para o chão e a falar com o braços como se espantasse moscas:
- Primeiro! Fui eu que reservei o bilhetes de avião. Se Bernardo foi para Barcelona... terá comprado os bilhetes com o próprio dinheiro numa altura que não sei qual, pois não vi nenhum pagamento extra.
- Desculpa?
- Depois nunca dei por nada de história nenhuma de vícios de jogos ou outra treta que seja. O homem só tem dois vícios. A empresa e a pesca.
- ..errr... sim... - Pedro sorria.
- Ainda mais. Eu como de inteira confiança de Bernardo, tenho na minha posse todas as chaves do seu escritório. Até do cofre!... E nunca vi nada de suspeito. Em tantos anos, nunca suspeitei ou cheirou-me o quer que seja. As contas da empresa estão imaculadas. Uma empresa deste tipo é muito bem vigiada pelas finanças.
- ... pois...
- E porque me mostraram isto a mim? Qual é a minha mais valia? Quem sou eu nisto tudo? Bernardo quer denunciar a máfia ? E vem ter comigo um advogado torrado cheirando a maresia com uma história de dossier confidencial a quem tenho que dar um envelope... e mais não sei o quê?... Ná! Desculpa. Há aqui qualquer coisa que não está bem!
- De onde tiraste isso tudo, Marta? Sabes que envelope era o que me entregaste?
- Claro que não! Fiquei intrigada, mas não são contas do meu rosário.
- Estás-me a dizer que não acreditas em nada destas provas, e tudo o que te disse?
- Sinceramente... não sei! Mas sinto algo a dizer-me que não! Alguém se esqueceu de colocar o sal na panela!
- Sal? Panela? - Pedro levantou os sobrolhos, como se os olhos quisessem saltar.
- Esta história sabe-me mal. Não a engulo.
- Essa história do bilhetes... não percebi!
- Como já te tinha dito, sou da inteira confiança de Bernardo, e como tal tenho acesso aos códigos das contas on-line. Fui verificar. Até à data... não vi nada de extraordinário.
- Bem! As contas demoram a actualizar. - Pedro conteve um riso.
- NÃO!... Pára! Conta-me realmente o que se passa!
Pedro pega no telemóvel. Marca um número pré-estabelecido... Espera uns segundos...
- Estou!? Sim! É extraordinário, de facto. Mas não deu para ver muito. Achas mesmo que pode ajudar? É arriscado! - uma pausa – Achas? Devo avançar portanto? - outra pausa – riso – Tudo! Foi fácil! O peixe não picou! Mas já desconfiavas?... Sim está bem! Depois contas-me? OK!... Passamos então à fase dois? - suspiro – OK! Assim espero! Já lá vão 3! Abraço e cumprimentos ao Professor. Está bem! Serão entregues!
Marta vê Pedro guardando o telemóvel no bolso. Este olha para ela com admiração. Realmente já tinha conhecido muitas mulheres, mas esta tinha algo que o fascinava muito. A atitude. Aquele ar de amazona e ao mesmo tempo de menina.
Marta começa a falar como um se tratasse de uma andamento de uma obra de um mestre de musica clássica. Começando em piano e acabando em fortíssimo:
- Queres fazer o favor de me EXPLICAR O QUE ESTÁ ACONTECER?
- Tem calma! Bernardo manda cumprimentos!
- Hã?
- Tenho uma proposta para te fazer. Queres vir comigo a Lisboa?
- ... Devo estar doida! Lisboa? Proposta? MAS QUE PORRA...
- Tem calma moça! Olha as rugas!
- Olha lá, meu badameco. Se julgas que gozas comigo em pego nesta jarra e parto-te... - Marta pega numa jarra, aparentemente de cristal...
- HEY! Isso é caro! Tem calma! Eu explico. Anda vem comigo. Poisa lá isso antes que partas alguma coisa.
- Se tu... - nesse momento Marta sente o braço dela seguro por algo estranho. A jarra cai da mão... Pedro voa atirando-se para o chão a tempo de evitar o desastre. Senta-se e ordena:
- Pélé! Larga o braço da senhora!
- Grrrrrr!
- Péléééé!!!
Péle larga o braço de Marta. Fica sentado a olhar fixamente para ela como se à espera de mais um movimento em falso!
- Peço desculpa por Pélé!
- Está bem! Eu pedi as estribeiras! Posso ir lavar o braço ao WC?
- Sim! - rindo! - Pélé! Fica! Deixa a senhora ir à casa de banho sozinha! Ela não precisa que lhe segurem a mala!
- ... piada! Tem uma piada! Palhaços! - falando para o cão - E tu? Estás a olhar para onde? Lavaste os dentes, ao menos?
O pequeno Smart descapotável fazia as curvas com suavidade dirigindo-se a Lisboa!
- Pedro! Conta-me lá então...
- Bem, Marta! Bernardo efectivamente está em Dhaka. Foi ele que me contou as tuas estranhas capacidades.
- Capacidades?
- Sim! Tu és capaz de perceber quando alguém mente ou está a tentar enganar-te! Quando fazes as entrevistas para conceder o crédito tu tens uma capacidade estranha de perceber de como são as pessoas que estão do outro lado. Se são de confiança ou simplesmente ou burlões a tentar sacar dinheiro fácil com fachadas de empresas que mais tarde dão em falência.
- Sim! Talvez!
- Bernardo acha mais! Acha que tens mais do que isso! E este pequeno esquema demonstrou tal!
- Cada vez mais embaralhada!
- Já vais perceber. Tu facilmente percebeste que havia qualquer coisa errada! Qualquer coisa que não cheirava bem na história que te contamos. Não ficaste desnorteada. E pelo que me disse Bernardo... já se apercebeu disso noutras alturas.
- Noutras?
- Sim! Um dia, sem saberes porquê seguraste Bernardo quando iam a atravessar a passadeira quando o sinal estava verde. Nesse preciso instante passou um carro que não respeitou o sinal vermelho. Como sabias que vinha lá um carro?
- ...errr... lembro-me disso! Não sei! - Marta começou a sentir-se incomodada no assento do carro.
- Pois. Portanto... vou levar-te a um sítio onde estão a precisar MUITO de toda a ajuda possível. E pode ser que tu possas dar algum contributo.
- eu... eeeu?
- Sim! Tudo o que eu te disser a partir de agora fica para ti. Certo? Pela confiança que Bernardo tm em ti!
- ... isto está cada vez pior! Ok! Certo!
- Neste momento a Polícia Judiciária está a abraços com um Serial-Killer. E suspeita-se que já matou por 3 vezes.
- Fo... xiça! Serial-Killer? A sério? - Marta sentiu a cara ferver. - E aonde vamos?
- À Judite!
- Judite?
- Eles querem falar contigo.
- Comigo?
- Sim! Querem evitar a todo o custo que surja a 4 morte. Existe de facto um dossier que, se chegarmos a um consenso, vais passar a usa-lo como leitura de cabeceira. Mas primeiro temos que ter a certeza que os podes ajudar ou se não és somente mais uma moça espertalhona.
- Ajudar? Tipo vidente? Medium? Não andam a ver muitos filmes?
- Não! Isso existe de facto e dão grande ajuda a resolver casos destes.
Marta sentiu o coração a acelerar.
Sentiu algo estranho.
Sentiu que se aproximava algo que lhe metia medo mas a fascinava.
Sempre gostou do que fazia porque sabia que estava a ajudar os outros.
Sentia-se bem, mas queira mais! Ajudar ainda mais.
Nunca se tinha apercebido das “capacidades” que agora lhe indicavam que tinha! Que loucura! Ela! Percepção Extra Sensorial?
Realmente era e sempre foi muito intuitiva. Mas PES? Estava muito longe de pensar tal! E até nem acreditava muito nisso... até agora:
- Mas preciso de alguém que me guie nesta coisa, se é que tenho esta coisa.
- De facto. Mas tem calma. Está tudo pensado. O comissário é muito eficiente!
Marta levantou a cabeça para apanhar um pouco mais dar ar na cara. Queria ter a certeza que estava acordada.
Subiu o som do rádio.
Queen's of the Stone Age - No one knows.
Pareceu-lhe própria para o momento.
Pedro olha para ela e sorri:
- Vai correr tudo bem! Vais ver!
--//--
Clara, depois de mais um turno, estava sentada no bar da estação de rádio, a ler uma revista e a beber o seu, bem merecido, café.
- OLÁÁ!
Clara soltou um grito de sobressalto. O café entornou-se encharcando a revista.
- Bolas César! Apareces assim por cima da revista sem aviso. Quase morri de susto.
- Desculpa! - César tentar limpar a revista. Foi sem querer. Queria somente cumprimentar a minha querida colega.
- Que bruto. Esta revista nem é minha.
- Eu compro outra.
- Esquece! Eu compro. Vê lá se para a próxima tens mais cuidado.
- Posso ajudar-te?
- Não! Deixa! Eu trato disto.
- Desculpa!
Já a sair do bar – Pois! Está bem! Mas que estupidez! Só me saem duques!
César sentiu-se confuso. Não sabia se havia de ir atrás dela se ficar. Segurou a chávena entornada. Observou-a com lágrimas nos olhos.
Ela não compreendia!
Ela desprezava-o!
Como o podia desprezar? Ele fazia-lhe dedicatórias, coisa que aquela aventesma do marido de certeza não fazia.
A raiva foi-se instalando. Os nós dos dedos começaram a ficar brancos em volta da chávena de café. Ouviu-se um “crack” .
Estacou.
Olhou em volta. Pousou a chávena devagar. Esta, abriu-se em duas.
Disfarçadamente volta a pegar nela, envolve-a num guardanapo e ao sair do bar coloca-a dentro do caixote do lixo de modo que não fizesse barulho ao cair lá dentro.
Olha nos dois sentidos do corredor e decide ir pelo lado que Clara seguiu.
34 comentários:
Estou de pé a aplaudir Eduardo!
Excelente!
Mesmo!
Confesso que andava um bocado preocupado! Tiveste o dom de me devolver o completo entusiasmo!
Começamos a ter uma história mais negra....
Continuo a perguntar-me se os olhos verdes da Clara e do Pedro são só coincidência...
Parabéns!Parabéns!Parabéns!Parabéns!
Quanto à excelente escolha musical... Daqui a uns minutos já está no blog...
Abraço!
A ideia andava cá, Touro!
Tu deste a ideia. Paulo ajudou à festa e sem querer Maria levou a coisa para o lado humorístico, o meu favorito.
Demorei umas boas 4 horas para escrever isto.
Revi o texto várias vezes e queria mais alguma coisa, mas já estava um capítulo muito longo.
Como hoje vou passar o dia fora fiz um esforço para postar antes de amanhã!
Todos já começaram a pensar que César é o "coiso e tal", mas...
... há sempre um "mas"!
Como é que Marta vai aprender a lidar com algo que afinal desconhece?
Quem pode ajudar-la a ajudar?
As cartas estão lançadas...
Dá-lhe, Luís!
A bola está do teu lado!
;)
É isto mesmo pessoal!
Acabar o capítulo e fazer aqui como o Eduardo... Lançar mais umas ideias... Quem quiser pegar-lhes...
Muito bem!
Bem... isto é que é suspense!!!
(corduroy faz uma vénia ao capitulo do Eduardo).
Belo capitulo... bem pensado e muito bem escrito. Adorei a parte do Pelé..hehehe!! Ainda pensei k lhe fosss dar uma raça... :)
Bem.... aqueles momentos finais do César :) gostei muito.... e também do desenvolvimento à história com o Bernanrdo! Palminhas, palminhas, palminhas!
E a banda sonora para já está mt boa!!! Acho k vamos editar uma banda-sonora em conjunto com a história...
QOTSA foi mt boa escolha Eduardo.
Já estamos mais no meu género de histórias... :o)
Muito bem pensado...e muito bem escrito!
Muito bom.
Bem, parece que é a minha vez.
Força Pratas!
Ehehheheh! Lindo Eduardo! Lindo Lindo Lindo!
Estou a adorar o rumo que a história está a tomar! Parabéns!
A estrutura está definida e o texto está em esboço. Agora é só esperarem com calma pelo próximo capítulo que publicarei nos próximos dias.
O Eduardo é cá dos meus! Grande Eduardo! Eu acho que isto agora vai aquecer.
Parabéns Edu ;)
Antes de mais adorei aliás amei a escolha da banda QOTSA são muito muito muito bons!
Acho que fizeste um excelente seguimento Eduardo realmente está denso mas não querendo ser mazinha o Pelé não é o gato da Marta?!
Posso dar uma sugestão para evitar conflitos e confusões com o pessoal que vai fazer capítulos porque não meter ali de ladex um quadrozinho com os próximos postadores?
O Pelé é o cão do Pedro... Lê o capitulo V, que eu escrevi!!!
O gato da Marta é o Becas! ;)
Obrigado pessoal!
Especialmente ao Senhor Administrador Touro Zentado, que para além de não usar Nazex no nariz, para passar a estar sentado de vez, foi o grande mentor deste vício!
Muito obrigado!
Viva!
Estive ausente boa parte do dia!
Voltei agora para ver como estava a nossa casa!
Maria Strüder: Proposta aceite! Vou tratar disso...
Eduardo: Tem nada que agradecer...
O teu capítulo já valeu a pena...
Sr. Eduardo tiro-lhe o chapéu! (caso o usasse…) Achei este contributo na história fantástico!
Estava um pouco triste por pensar que o Bernardo tinha sujo as mãos à conta de uns CD`s piratas, de “tápêtxi” e “frôr”. Pois na minha cabeça o Bernardo tinha um carácter nobre...
Adorei a reviravolta!
Boas postagens a todos :)
Está a ir muito bem! Estão todos de parabéns! Fabuloso!
E hoje é o dia do livro!
Boas leituras para todos! :))
Incrível, como pessoas que, presumo, não se conhecem se conseguem organizar de uma forma tão natural e fazer um conto que até agora está a ser fantástico. Confesso que no início fiquei algo céptico mas o sucesso da iniciativa está à vista!
Parabéns a todos.
Tens toda a razão, Inspector Varejeira!
Eu também estou muito contente com este entendimento e esta empatia entre os "Contadores" do "Um Conto de..." :)
É curioso sim senhora Inspector e Paulo! É a prova de que para as coisas funcionarem, basta que as pessoas assim o desejem!
Exacto incrível como não nos conhecemos nem nunca privamos (falo por mim em relação aos outros membros do blog) basicamente não temos bases nenhumas e no entanto conseguimos levar isto numa boa e acho que o conto é bom mas sou suspeita aliás somos todos.
Acho que deste respeito podemos tirar umas lições de vida.
Basta por exemplo pensarmos no dia a dia em que muita gente a partir do momento em que entra num automóvel, perde o respeito por todos os outros condutores.
Se houvesse mais respeito por quem não conhecemos talvez houvesse menos confusão, talvez vivêssemos num mundo melhor.
É só um exemplo.
Bem Eduardo, esmeraste-te, foi um capítulo muito bom. Um final 5 estrelas, com inúmeras sugestões para continuar o conto. Gostei. Sinto que a minha vez está a chegar ;o)
Estão lançadas as pistas para os capítulos finais. Bom contributo. Continuação de boas postagens...
Pessoal... Estamos a chegar ao fim da primeira rodada...
Temos voluntário para o nono capítulo (o Astuto...) mas não há mais ninguém até agora...
Neste momento estão registados doze contadores se bem que outras pessoas que quiseram participar ainda não tenha aceite o convite que lhes enviei...
As perguntas são: Entramos numa nova rodada? Se sim, pela mesma ordem? Se não, ficamos por aqui?
Pessoalmente acho que se fizermos uma rodada só as pessoas que ainda vão escrever vão ter de dar ao dedo!
Fiquem bem!
Eu não me importava de escrever outro, temos é de analisar bem se temos enredo para continuar a história, ou não.
(vou ler agora o cap. do Pratas)
HEY!!!
Qual final?
Estão malucos!?
Isto tem pano para muitas mangas!
Nem pensem!!!!
Isto é para continuar por muitos capítulos e durante bastante tempo!
Eu alinho para fazer muitos mais capítulos!
Quem não quiser, também não é obrigado, mas por mim estou pronto para mais!
Eu tb acho que esta história tem pernas para andar por mais algum tempo!!! Até pk a procissão ainda vai no adro...
Eu posso fazer o X capítulo se não houver mais propostas.
:)
Isto está um autêntico policial! Já estou a ver mortes e tudo!! :)
eheheh
Estou a adorar. E lá vou eu para o próximo!!
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