Depois de duas horas de conversa, um almoço e um bloco cheio de notas, Marta senta-se no chão relendo todos os apontamentos que tinha tirado da conversa com Francisco Mesquita. Ele conhecia muito bem o assunto e deu-lhe indicações acerca de coisa que nunca lhe passariam pela cabeça.
Foram duas horas muito cansativas. Estar sentada no chão era uma benesse. Quanto mais lia mais confusa se sentia:
“ Mas porque é que ele não veio comigo? Isto é muito confuso! Que faço?”
Marta desesperava. Lembrou-se então das palavras de Francisco:
“ Não posso estar com a Marta. Pois vou-a influenciar negativamente. De início tem que estar sozinha sem elementos críticos ou olhares intimidores. Relaxe e concentre-se.”
Inspirou fundo. Deixou o ar sair lentamente. Procurava estar o mais confortável possível. Fechou os olhos e tentou ouvir tudo o que se passava à sua volta. Era barulho demais. Levantou-se e foi fechar as janelas. Baixou um pouco as persianas. O ambiente ficou mais “morno”. Teve a tentação de ligar a música:
“Não! Não posso ter elementos de dispersão!” – pensou. Voltou a sentar-se no chão de pernas cruzadas. Voltou a inspirar fundo. Fechou novamente os olhos tentando “esvaziar” a cabeça de pensamentos. Nada! Era impossível. Estava sempre a pensar em alguma coisa. Os acontecimentos dos últimos dias não a deixavam. Abriu então os olhos e olhou para um ponto na parede. Focou toda a sua atenção nesse ponto. Tentava vê-lo ao pormenor. Não passava de uma pequena imperfeição da tinta na parede, mas servia como ponto de foco. Tentava ver a sua forma que era pouco clara devido à distância. Procurava usar toda sua atenção num único ponto, extraindo todos os outros pensamentos parasitas da cabeça. Ao fim de 5 minutos ininterruptos, Marta começou a sentir-se leve. Calma. O ponto deixou de ser um ponto e parecia crescer. Marta ficou curiosa com tal efeito e perde a concentração. O ponto voltou ao tamanho que tinha.
“ Por esta eu não estava à espera!” – Disse Marta em voz alta.
Voltou a concertar-se no mesmo ponto e tentando reproduzir o mesmo efeito novamente.
Ao fim de 5 tentativas mal sucedidas, Marta observava um ponto de 5 milímetros que agora lhe parecia uma bola de golfe. Gotas de suor assomavam-se na testa devido ao esforço de concentração. Sentia a cabeça a latejar. Fechou os olhos e tentou visualizar o mesmo ponto.
Era como se estivesse de olhos abertos. Tentou então ouvir o que a rodeava. Ouvia os carros na rua, apesar das janelas fechadas. A vizinha a puxar o cordame do estendal da roupa. O barulho das molas que caíam no chão da rua. Tentou desviar a concentração desses barulhos e isolar o que ouvia ao seu redor.
5 segundos…
15 segundos… um barulho subia de volume… um som pulsante e ao mesmo tempo um “arrastar”…
Abriu os olhos de espanto! Ouviu uma coisa estranha, mas familiar. Sorriu. Tinha acabado de ouvir o seu coração e o sangue a correr.
Com a manga da camisola, limpou o suor da testa. Estava cansada. Mas não saciada.
Finalmente estava a perceber que alguma coisa podia ser feita acima do que se pode considerar “normal”.
Podia ser que estivesse a ser levada pela sugestão, mas isso não a preocupava agora.
Devia continuar a praticar o poder de concentração, mas indo contra os que Francisco lhe tinha dito, decidiu passar à fase seguinte.
Puxou um saco escuro que tinha colocado perto de si, junto ao sofá, abriu-o e tirou 3 objectos.
Um relógio de pulso, um copo e uma tesoura.
No seu intimo sabia o que fazer.
Releu as suas notas. Coçou a cabeça e com um ar decidido pegou no relógio com as duas mãos. Olhou para ele e inspirou fundo. Observava-o como se à espera que ele crescesse como tinha acontecido o ponto da parede. Depressa percebeu que não iria resultar. Ficou sem saber que fazer. Começou e contempla-lo. Cheirou-o. Passou as mãos pela bracelete sentido todos os recantos e imperfeições. Pensamentos começaram a surgir-lhe na cabeça:
“ Era um homem gordo, mas com pouco robustez física. Era perfeccionista. Cuidadoso. Tomava banho todos os dias. “
“Eram deduções.”, pensava Marta. Sempre teve jeito para tirar conclusões das coisas que observava, qual investigador policial das séries televisivas. Ou será que não? Já seria o aflorar daquilo que ela agora procurava entender?
De súbito, outros pensamentos surgem. “Assustado”, “Medo”, “Pânico”.
Marta parou. Como podia pensar assim? Nada naquele relógio de pulso lhe podia dar essas conclusões.
Abanou a cabeça. Tinha que parar com o cepticismo. Não era tempo para isso.
Voltou a olhar para o relógio. Tentou “falar” com ele através das mãos. Acariciou-o, voltou a cheirar. Sentir. Ouvir. 10 minutos… surgem novamente os mesmos pensamentos, “Seria porque já os tinha tido?” – não se deixou abalar. Continuou. Abriu mais os olhos e procurou algo no relógio. Qualquer coisa que a levasse a sentir o que se teria passado com seu dono. Outra vez o pensamento recorrente. “Medo” – sem saber porquê, coloca o relógio no pulso – um flash, outro e mais outro.
“ Caramba!” – Marta caiu para trás. Nem queira creditar. Ela viu!… Mas o que viu? Viu uma cara destorcida. Raiva. Uma faca vindo na sua direcção.
Abriu o bloco e escreveu. Sua mão tremia num misto de êxtase medo. Como uma criança que abre o presente tão esperado na noite de Natal. Parou! Voltou a cabeça para os objectos restantes como um felino à procura de uma nova presa.
Olhou para o copo. Pegou nele novamente com as duas mãos. Fez o mesmo ritual que tinha feito com objecto anterior.
Ao fim de 15 minutos, sentiu dores no estômago. Um flash - Viu um copo vazio. Outro flash - Outra vez uma cara destorcida, mas desta vez de dor. Levantou-se a correr em direcção à casa de banho. Vomitou o almoço. Lá se tinha ido as belas favas. E que boas que estavam.
Lavou-se e voltou para o chão. Pegou no bloco e voltou a escrever o que viu e sentiu. Não conseguia controlar o nervosismo. Seu coração pulava descompassadamente.
Rapidamente pega na tesoura…. E voltou a pousa-la. Precisava de relaxar tanta excitação.
Ao fim de 10 minutos de concentração e focagem num ponto da sala, volt a pegar na tesoura.
30 minutos e nada!
Desesperada… abre a tesoura. Roda-a. NADA!
Olha atentamente para o seu reflexo. Procura um pouco de sangue que fosse. Volta a cheirar. Encosta-a da face. “ Teria sido arma de um assassinato? ”.
Nada.
Ao fim de 45 minutos, Marta sente-se frustrada. Coloca a tesoura de lado. Francisco dissera-lhe se um objecto não “falasse” com ela para desistir pois a insistência e a frustração só ia trazer maus resultados.
Levantou-se. Queria passar à fase 3.
Já mais gente tinha habitado aquela casa. As paredes teriam assistido a tudo o que se teria ali passado. Começou a andar. As mãos à frente como se esperasse encontrarem uma parede invisível. Sala. Corredor. Cozinha. Quarto. Casa de banho. Tentado sempre concentrar-se em tudo que pudesse ter presenciado um acontecimento. Qualquer coisa marcante. Respirava o ar que a rodeava calmamente. Tentava fazer o mesmo que fez quando esteve em casa de Clara.
Fez um esforço para não se influenciar pelo pensamento da morte da locutora.
Continuou procurando em cada passo “ouvir” a casa. Começou a sentir flutuar embora seus pés continuassem no chão. Deixava-se ir como se uma brisa a empurrasse. Olhou para o chuveiro da casa de banho. Voltou a cabeça e fitou as torneiras do lavatório… tocou-lhes… foi esbofeteada por 3 flashes seguidos.
“Bolas. Que susto!... Caramba!... Será que foi isto que… “
Marta saiu da casa de banho e foi à sala. Abriu o saco de onde estavam os objectos e tirou um papel dobrado em quatro.
Desdobrou-o e leu o que estava escrito pela mão de Francisco:
“ Relógio – Homem que foi esfaqueado por um assaltante para lhe roubar a carteira.
Copo – Morto por envenenamento
Tesoura – é minha e tem um “V” de volta”
Marta riu-se, mas seu corpo tremia.
Ouviu alguém no patamar do seu apartamento. Foi a correr abrir a porta:
“ Dona Maria! Ainda bem que a vejo! Alguém que morou neste apartamento teve algum acidente na casa de banho? “
“ Porque pergunta menina? Feriu-se?”
“ Não! É porque pareceu-me a ouvir alguém dizer isso lá em baixo.”
“ O que estas pessoas se lembram quando não têm mais nada que falar.”
“ Mas aconteceu? ”
“ Sim, Menina! Como deve ter ouvido, uma antiga inquilina minha que viveu aí, coitada, ao sair da banheira, escorregou e bateu com a cabeça na torneira do lavatório. Esteve à morte. Agora vive com o filho.”
“ Obrigada dona Maria! Eu vou ver se tenho cuidado então, não vá acontecer-me o mesmo. “
“ Faça isso, menina. Faça isso. “
“ Com sua licença então. Obrigada “
Marta fecha a porta. Ficando de costas encostada a esta deixou-se escorregar até ao chão:
“ Se contar isto à minha mãe… ela mete-me num hospício!" - Marta riu-se - "Tenho que praticar mais! Que horas serão? BECAS? Onde estás?”
Foram duas horas muito cansativas. Estar sentada no chão era uma benesse. Quanto mais lia mais confusa se sentia:
“ Mas porque é que ele não veio comigo? Isto é muito confuso! Que faço?”
Marta desesperava. Lembrou-se então das palavras de Francisco:
“ Não posso estar com a Marta. Pois vou-a influenciar negativamente. De início tem que estar sozinha sem elementos críticos ou olhares intimidores. Relaxe e concentre-se.”
Inspirou fundo. Deixou o ar sair lentamente. Procurava estar o mais confortável possível. Fechou os olhos e tentou ouvir tudo o que se passava à sua volta. Era barulho demais. Levantou-se e foi fechar as janelas. Baixou um pouco as persianas. O ambiente ficou mais “morno”. Teve a tentação de ligar a música:
“Não! Não posso ter elementos de dispersão!” – pensou. Voltou a sentar-se no chão de pernas cruzadas. Voltou a inspirar fundo. Fechou novamente os olhos tentando “esvaziar” a cabeça de pensamentos. Nada! Era impossível. Estava sempre a pensar em alguma coisa. Os acontecimentos dos últimos dias não a deixavam. Abriu então os olhos e olhou para um ponto na parede. Focou toda a sua atenção nesse ponto. Tentava vê-lo ao pormenor. Não passava de uma pequena imperfeição da tinta na parede, mas servia como ponto de foco. Tentava ver a sua forma que era pouco clara devido à distância. Procurava usar toda sua atenção num único ponto, extraindo todos os outros pensamentos parasitas da cabeça. Ao fim de 5 minutos ininterruptos, Marta começou a sentir-se leve. Calma. O ponto deixou de ser um ponto e parecia crescer. Marta ficou curiosa com tal efeito e perde a concentração. O ponto voltou ao tamanho que tinha.
“ Por esta eu não estava à espera!” – Disse Marta em voz alta.
Voltou a concertar-se no mesmo ponto e tentando reproduzir o mesmo efeito novamente.
Ao fim de 5 tentativas mal sucedidas, Marta observava um ponto de 5 milímetros que agora lhe parecia uma bola de golfe. Gotas de suor assomavam-se na testa devido ao esforço de concentração. Sentia a cabeça a latejar. Fechou os olhos e tentou visualizar o mesmo ponto.
Era como se estivesse de olhos abertos. Tentou então ouvir o que a rodeava. Ouvia os carros na rua, apesar das janelas fechadas. A vizinha a puxar o cordame do estendal da roupa. O barulho das molas que caíam no chão da rua. Tentou desviar a concentração desses barulhos e isolar o que ouvia ao seu redor.
5 segundos…
15 segundos… um barulho subia de volume… um som pulsante e ao mesmo tempo um “arrastar”…
Abriu os olhos de espanto! Ouviu uma coisa estranha, mas familiar. Sorriu. Tinha acabado de ouvir o seu coração e o sangue a correr.
Com a manga da camisola, limpou o suor da testa. Estava cansada. Mas não saciada.
Finalmente estava a perceber que alguma coisa podia ser feita acima do que se pode considerar “normal”.
Podia ser que estivesse a ser levada pela sugestão, mas isso não a preocupava agora.
Devia continuar a praticar o poder de concentração, mas indo contra os que Francisco lhe tinha dito, decidiu passar à fase seguinte.
Puxou um saco escuro que tinha colocado perto de si, junto ao sofá, abriu-o e tirou 3 objectos.
Um relógio de pulso, um copo e uma tesoura.
No seu intimo sabia o que fazer.
Releu as suas notas. Coçou a cabeça e com um ar decidido pegou no relógio com as duas mãos. Olhou para ele e inspirou fundo. Observava-o como se à espera que ele crescesse como tinha acontecido o ponto da parede. Depressa percebeu que não iria resultar. Ficou sem saber que fazer. Começou e contempla-lo. Cheirou-o. Passou as mãos pela bracelete sentido todos os recantos e imperfeições. Pensamentos começaram a surgir-lhe na cabeça:
“ Era um homem gordo, mas com pouco robustez física. Era perfeccionista. Cuidadoso. Tomava banho todos os dias. “
“Eram deduções.”, pensava Marta. Sempre teve jeito para tirar conclusões das coisas que observava, qual investigador policial das séries televisivas. Ou será que não? Já seria o aflorar daquilo que ela agora procurava entender?
De súbito, outros pensamentos surgem. “Assustado”, “Medo”, “Pânico”.
Marta parou. Como podia pensar assim? Nada naquele relógio de pulso lhe podia dar essas conclusões.
Abanou a cabeça. Tinha que parar com o cepticismo. Não era tempo para isso.
Voltou a olhar para o relógio. Tentou “falar” com ele através das mãos. Acariciou-o, voltou a cheirar. Sentir. Ouvir. 10 minutos… surgem novamente os mesmos pensamentos, “Seria porque já os tinha tido?” – não se deixou abalar. Continuou. Abriu mais os olhos e procurou algo no relógio. Qualquer coisa que a levasse a sentir o que se teria passado com seu dono. Outra vez o pensamento recorrente. “Medo” – sem saber porquê, coloca o relógio no pulso – um flash, outro e mais outro.
“ Caramba!” – Marta caiu para trás. Nem queira creditar. Ela viu!… Mas o que viu? Viu uma cara destorcida. Raiva. Uma faca vindo na sua direcção.
Abriu o bloco e escreveu. Sua mão tremia num misto de êxtase medo. Como uma criança que abre o presente tão esperado na noite de Natal. Parou! Voltou a cabeça para os objectos restantes como um felino à procura de uma nova presa.
Olhou para o copo. Pegou nele novamente com as duas mãos. Fez o mesmo ritual que tinha feito com objecto anterior.
Ao fim de 15 minutos, sentiu dores no estômago. Um flash - Viu um copo vazio. Outro flash - Outra vez uma cara destorcida, mas desta vez de dor. Levantou-se a correr em direcção à casa de banho. Vomitou o almoço. Lá se tinha ido as belas favas. E que boas que estavam.
Lavou-se e voltou para o chão. Pegou no bloco e voltou a escrever o que viu e sentiu. Não conseguia controlar o nervosismo. Seu coração pulava descompassadamente.
Rapidamente pega na tesoura…. E voltou a pousa-la. Precisava de relaxar tanta excitação.
Ao fim de 10 minutos de concentração e focagem num ponto da sala, volt a pegar na tesoura.
30 minutos e nada!
Desesperada… abre a tesoura. Roda-a. NADA!
Olha atentamente para o seu reflexo. Procura um pouco de sangue que fosse. Volta a cheirar. Encosta-a da face. “ Teria sido arma de um assassinato? ”.
Nada.
Ao fim de 45 minutos, Marta sente-se frustrada. Coloca a tesoura de lado. Francisco dissera-lhe se um objecto não “falasse” com ela para desistir pois a insistência e a frustração só ia trazer maus resultados.
Levantou-se. Queria passar à fase 3.
Já mais gente tinha habitado aquela casa. As paredes teriam assistido a tudo o que se teria ali passado. Começou a andar. As mãos à frente como se esperasse encontrarem uma parede invisível. Sala. Corredor. Cozinha. Quarto. Casa de banho. Tentado sempre concentrar-se em tudo que pudesse ter presenciado um acontecimento. Qualquer coisa marcante. Respirava o ar que a rodeava calmamente. Tentava fazer o mesmo que fez quando esteve em casa de Clara.
Fez um esforço para não se influenciar pelo pensamento da morte da locutora.
Continuou procurando em cada passo “ouvir” a casa. Começou a sentir flutuar embora seus pés continuassem no chão. Deixava-se ir como se uma brisa a empurrasse. Olhou para o chuveiro da casa de banho. Voltou a cabeça e fitou as torneiras do lavatório… tocou-lhes… foi esbofeteada por 3 flashes seguidos.
“Bolas. Que susto!... Caramba!... Será que foi isto que… “
Marta saiu da casa de banho e foi à sala. Abriu o saco de onde estavam os objectos e tirou um papel dobrado em quatro.
Desdobrou-o e leu o que estava escrito pela mão de Francisco:
“ Relógio – Homem que foi esfaqueado por um assaltante para lhe roubar a carteira.
Copo – Morto por envenenamento
Tesoura – é minha e tem um “V” de volta”
Marta riu-se, mas seu corpo tremia.
Ouviu alguém no patamar do seu apartamento. Foi a correr abrir a porta:
“ Dona Maria! Ainda bem que a vejo! Alguém que morou neste apartamento teve algum acidente na casa de banho? “
“ Porque pergunta menina? Feriu-se?”
“ Não! É porque pareceu-me a ouvir alguém dizer isso lá em baixo.”
“ O que estas pessoas se lembram quando não têm mais nada que falar.”
“ Mas aconteceu? ”
“ Sim, Menina! Como deve ter ouvido, uma antiga inquilina minha que viveu aí, coitada, ao sair da banheira, escorregou e bateu com a cabeça na torneira do lavatório. Esteve à morte. Agora vive com o filho.”
“ Obrigada dona Maria! Eu vou ver se tenho cuidado então, não vá acontecer-me o mesmo. “
“ Faça isso, menina. Faça isso. “
“ Com sua licença então. Obrigada “
Marta fecha a porta. Ficando de costas encostada a esta deixou-se escorregar até ao chão:
“ Se contar isto à minha mãe… ela mete-me num hospício!" - Marta riu-se - "Tenho que praticar mais! Que horas serão? BECAS? Onde estás?”
26 comentários:
Muito bom, Eduardo! :o) Vê-se mesmo que vc gosta deste assunto.
Mais misterioso que o conto...está o facto de ... de súbito ... Maria Struder, se transformar em Eduardo :D
Vamos lá à leitura...
Fiquei sem perceber o que são "elementos críticos", e também não compreendi esta frase "Devia continuar a praticar o poder de concentração, mas indo contra os que Francisco lhe tinha dito, decidiu passar à fase seguinte."
Marta enquanto detentora de PES, comporta-se como medium, utilizando a psicometria.
A PES relaciona-se com a telepatia (comunicação sem a utilização dos canais sensoriais ditos normais), clarividência (conhecimento adquirido sobre algo sem o uso dos sentidos), e a precognição (conhecimento sobre acontecimentos futuros); quanto à psicocinese (a habilidade em influenciar um acontecimento, apenas através do pensamento), não é considerada inteiramente como percepção.
Gostei do humor, da manutenção dos traços da Marta e da mudança de estilo do contador...
Notou-se o empenho e avidez na escrita, por parte do Eduardo...pelo que sugiro uma leitura em jeito de revisão ;)
Até breve...
Olá leonor!
Ora bem!
Quanto à avidez… eu sei do que estás a falar. A resposta é falta de tempo e dedos a voar pelo teclado. Deves ver isso outra vez neste comentário.
Elementos críticos – quantas vezes estás a tentar fazer uma coisa pela primeira vez e não a consegues fazer porque tens alguém ali ao teu lado a olhar para ti? Mesmo que esse alguém diga, “ fico aqui caladinho “! Inconscientemente critica ou aplaude. Isso transporta energia parasitas para o exterior que influencia muito, especialmente alguém tão sensível com Marta.
Marta devia continuar com os exercícios de concentração pois isso é fundamental para o bom desenvolvimento da capacidade. Treinar a capacidade de se alhear de tudo à sua volta, para quando estiver num meio não filtrado não falhar ou ter quebras. Mas estava ansiosa demais. A confiança pode ser um erro ou uma benção. Neste caso, correu bem. Mas ela reconhece que precisava de treinar mais.
Está bem claro que Marta possuiu uma das 4 categorias de PES. A clarividência. Essa explicação achei pouco importante para já, por falta de tempo e porque os caros leitores também estão aqui para ajudar ( muito bem leonor! ) criticar e dar ideias. No entanto ela possui algo um pouco mais que isso. Ela sem tocar directamente percebe que algo se passou em determinado sitio. Reconhece que algo não está bem, bastando estar perto dos objectos Não é médium. Não vê espíritos. Ela parece possuir uma subcategoria da clarividência, a retrocognição . No entanto consegue reconhece de uma forma inconsciente ocorrências com futuro imediato. Como, por exemplo, quando puxou Bernardo para trás, evitando este de ser atropelado.
Existem várias categorias e já se tentou dar um nome a todas, mas caímos na mesma situação do zodiaco. “ Você é um Carneiro, com ascensão em Capricórnio e influenciado por Júpiter. “
Não existe um termo definitivo para tudo.
Antes de fazer operação, eu usava óculos. Para qualquer um eu era um caixa de óculos, mas na verdade eu era um hipermetrópico astigmático com desvio de cilindro com acuidade visual nocturna de 120%. :o)
E só Leonor é que fala? Então os outros? Andem lá pessoal!
Quanto à Maria pelo Eduardo.
Bom há uma razão forte.
Palavras chave:
Tuna
Queima
... ressaca? Diz lá Maria! :o)
A Leonor deixou-me a pulga atrás da orelha!
Fiz umas buscas na internet e Psicometria é um possibilidade muito forte.
Descobri que a psicometria e a clarividência podem estar relacionadas.
Vamos então definir as capacidades de Marta, para observação posterior no conto.
clarividente retrocognita - vê os acontecimentos passados num objecto, tipo bola de cristal.
Psicométrica - através do toque ela "vê" acontecimentos passados.
Marta não contacta espíritos. Vamos deixar as almas em paz. :)
Marta é um clarividente retrocognita com capacidades psicométicas. Ou por outra uma psicométrica com capacidades clarividentes retrocognitas. (é mais esta última, acho eu!)
Ou seja num local através da observação directa nos objectos ela reconhece acontecimentos passados tensos e através do toque "vê-os".
Estamos de acordo ou podemos fazer algo melhor?
Grande Eduardo, grande capítulo :)
E excelentes explicações. Eu estou de acordo, mas queremos ouvir os nossos leitores.
:)
Palavras para quê?
Um soberbo capítulo!
Parabéns Eduardo!
Que grande trabalho!
Leonor - A propósito do imbróglio de quem faria o capítulo tenho de admitir as minhas culpas. A Maria mostrou indisponibilidade para escrever nesta altura e o Eduardo ofereceu-se para escrever o XIX. Eu não estive por aqui estes dias e, portanto, não fiz a alteração na barra lateral... Sorry :)
Eduardo... Também jogo na equipa dos astigmáticos hipermetrópico...
Excelente... gostei muito mesmo!
Bem construido, directo, cativante...
Quando ás criticas: É importante manter a coerencia das personagens as questões são bem colocadas, estão bem respondidas e ajudam em muito para o futuro da história.
Parabens por mais um excelente capitulo
Parabéns por um novo capitulo mt bom. Acho que está ligeiramente confuso,mas depois de ler e reler axo que as coisas se percebem,
Venha mais outro!
E sai mais uma vénia para o Sr Eduardo!!!
Muito bom...
Bem...de um esboço rápido e dizia o Eduardo - 'pouco estruturado'...saiu um grande capítulo!! Nice :)
Parece que sou o senhor que se segue. :)
bom capitûlo falta ela lembrar-se da cumplicidade que ela sentia ao ouvir o progama da radio e sabera quem e o assasino.
bom trabalho.
abrc m.o
que lufada de ar fresco, que idéia maravilhosa. Estou encantado com este blog, ontem atrasei-me para a final da taça e hoje vim a correr para o computador e o meu dia só ficou completo quando consegui chegar aqui, a este fantástico capítulo. Venham os próximos. Parabéns
Bem... Garfield & Bart!
Muito obrigado...
Pessoal!... O XX aproxima-se!
É verdade. Está quase quase pronto.
Será que a Clara vai ressuscitar como um Zombie?
Será que o César vai abrir uma roulote de hamburgers?
Será que Diogo e Pedro são gémeos de pais diferentes?.. lol
Será que o Tony Carreira vai voltar a dar um concerto em Mira-Sintra de borla?
Será que eu vou ter ideias mais parvas que estas?
Humm não percam :)
O Tony deu um concerto em Mira-Sintra de borla e ninguém me disse nada?
Pratas!
Misturar assassinos com hamburgers... é mau! Muuuuuuuuuuuuuuito mau!
Vocês têm sido impecáveis até fico nervosa por ser uma das próximas a escrever espero chegar à altura daquilo que vocês têm vindo a fazer
Que ressaca meus amigos eu sou um anjo de rapariga e infelizmente o meu estômago já não permite grandes loucuras mas a Tuna tem preenchido imenso o meu tempo mas já estou livre (quase visto ter uma actuação para o próximo fim de semana... mas prometo que desta vez sai capítulo meus caros)
Maria,
Benvinda!
Vais-te safar :) tenho a certeza. Quanto à ressaca, bem.. um comprimido mágico efervescente ajuda bastante :)
O meu capítulo está quase a saltar por isso estejam atentos.
Talvez seja um saltar em surdina...
(Até que não queria fazer nenhum comentário...mas...de tão anunciado...e após, tantas vindas em vão...as expectativas estão em elevação)
Mistério, mistério e mais mistério!! :)
Vou continuar mais um bocadinho, que ainda há tempo.
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